Bate o fado trigueirinha

Letra: António Vilar da Costa
Música: Arlindo de Carvalho

Trigueirinha de olhos verdes
Vê lá se perdes, teu ar trocista
Com tua graça travessa
Perde a cabeça, qualquer fadista

Se és cantadeira de brio
Vem cantar ao desafio
Mas toma tino
Não dês um passo mal dado
Porque o teu xaile traçado
Já traçou o meu destino

Bate o fado trigueirinha
Dá-me agora a tua mão
Trigueirinha acerta o passo
No bater do coração

Atira-me uma cantiga
De amor que diga
Coisas do fado
Duma cigana que amava
Como eu gostava
De ser amado

No trinar desta guitarra
Tu é que fizeste a amarra
Que me prendeu
Que triste fado afinal
Tu é que fizeste o mal
E quem o paga sou eu

Bate o fado trigueirinha...